Escrevo cartas
Sem destinatário
Sou amante das palavras
Um solitário
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Lacuna
Hei de rasgar todas as lembranças
Calar chamados
Sem resposta alguma
Apagarei chamas ainda acesas
Me livrarei do bolo sobre a mesa
Hei de enxugar as gotas do orvalho
De desmarcar as cartas do baralho
Vou jogar fora os discos do Beatles
Não pagarei promessas mal feitas
Nem a fatura do cartão de crédito
Hei de fechar todos os botõezinhos do jardim
Antes do anoitecer
Não embarcarei naquele trem
Meu destino é além
E de avião
Negarei sorrisos
Hei de esquecer poemas lidos
Quero apenas o "Brilho
Eterno
De uma mente sem lembranças"
Calar chamados
Sem resposta alguma
Apagarei chamas ainda acesas
Me livrarei do bolo sobre a mesa
Hei de enxugar as gotas do orvalho
De desmarcar as cartas do baralho
Vou jogar fora os discos do Beatles
Não pagarei promessas mal feitas
Nem a fatura do cartão de crédito
Hei de fechar todos os botõezinhos do jardim
Antes do anoitecer
Não embarcarei naquele trem
Meu destino é além
E de avião
Negarei sorrisos
Hei de esquecer poemas lidos
Quero apenas o "Brilho
Eterno
De uma mente sem lembranças"
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Lucky days
O sol saiu
Quando eu esperava na janela
A casa caiu
Eu não estava nela
Todos os carros pararam
Para eu passar
Marquei um encontro
Na hora certa você estava lá
Fomos os personagens
Pretendidos
Dormimos o sono
Que eu já não tinha
Ao entardecer de um outro dia
Éramos nós ainda
Quando eu esperava na janela
A casa caiu
Eu não estava nela
Todos os carros pararam
Para eu passar
Marquei um encontro
Na hora certa você estava lá
Fomos os personagens
Pretendidos
Dormimos o sono
Que eu já não tinha
Ao entardecer de um outro dia
Éramos nós ainda
Confissões de Mr. Smith
Não tenho medo do escuro
Não tenho medo da morte
Nem da falta de sorte
Não tenho nada a perder
Tampouco porque fugir
Já aprendi a andar e a sorrir
Já rezei ao Pai
Já pedi sinais
E convoquei o diabo
Não pedi pudim
Nem amei ninguém
Não fui tolo assim
Não tenho medo da morte
Nem da falta de sorte
Não tenho nada a perder
Tampouco porque fugir
Já aprendi a andar e a sorrir
Já rezei ao Pai
Já pedi sinais
E convoquei o diabo
Não pedi pudim
Nem amei ninguém
Não fui tolo assim
Fuga
Vamos embora
Jogue as chaves fora
Arranque os cadeados
E também as portas
Deixe os lobos
Eles virão
Mas não estaremos mais
Aqui não
Jogue as chaves fora
Arranque os cadeados
E também as portas
Deixe os lobos
Eles virão
Mas não estaremos mais
Aqui não
O brinde de um suicida
Na taça de vinho
Bebeu o sangue
Na embriaguês do sorriso
Acendeu um cigarro
Morreu em pensamentos
De trago em trago
Tingiu de rubro
O assoalho
( 1999)
Bebeu o sangue
Na embriaguês do sorriso
Acendeu um cigarro
Morreu em pensamentos
De trago em trago
Tingiu de rubro
O assoalho
( 1999)
Super
És o tempo, és o instante
A palavra e sua quarta dimensão
De sílabas cegas de sentido
O eco
És o antes e quase o nunca
As entrelinhas
És a noite e ultrapassas
O outro, o mundo
Um equilíbrio perigoso
A própria morte
E tens fantasmas
Não sabes onde estás
E ainda assim, vais
Cegamente obedeces a ti mesmo
És!
(2002- A partir do livro Gota d’água de Clarice Lispector)
A palavra e sua quarta dimensão
De sílabas cegas de sentido
O eco
És o antes e quase o nunca
As entrelinhas
És a noite e ultrapassas
O outro, o mundo
Um equilíbrio perigoso
A própria morte
E tens fantasmas
Não sabes onde estás
E ainda assim, vais
Cegamente obedeces a ti mesmo
És!
(2002- A partir do livro Gota d’água de Clarice Lispector)
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